Há um forte desejo da liderança evangélica de tornar a igreja contemporânea, contextualizada e atuante dentro da comunidade local.
Isso só deve ser feito mantendo-se firmes e imutáveis as convicções que nos são dadas pelo evangelho de Jesus Cristo.
Toda igreja que segue os princípios de Jesus Cristo deve ter as seguintes características:
1) Em todas as reuniões públicas da igreja precisa haver uma mensagem central, voltada para a pessoa de Jesus Cristo, que deve ser proclamado e glorificado do início ao fim das reuniões. Temos que sair das reuniões com a sensação de que não se falou de outra coisa que não Jesus Cristo.
2) Em todas as reuniões públicas da igreja precisa haver um chamado ao arrependimento, através de uma conscientização a respeito do pecado e de sua influência mortal e destruidora na vida dos seres humanos. Deve ser feito um chamamento a confessar os pecados e se afastar deles, vivendo uma vida em um novo padrão, o padrão bíblico, de Jesus Cristo.
3) Em todas as reuniões públicas da igreja precisa haver um alerta, um lembrete de que nós somos peregrinos neste mundo, nossa casa e nosso reino é celestial, portanto devendo esperar ansiosamente, acima de qualquer outra coisa, o retorno glorioso daquele que é o cabeça da igreja e o centro de todas as coisas, Jesus Cristo.
Todo método e sistema humano carrega um grande risco de nos afastar desses princípios fundamentais e centrais de um evangelho simples, mas bíblico.
Alguém já disse que sempre que usamos métodos humanos em nossas igrejas, os resultados também serão humanos.
Isso já foi inclusive afirmado com todas as letras na Bíblia em Gálatas 6:7-8.
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.”
Dentro de uma igreja bíblica estamos buscando resultados espirituais, centrados naquele que enviou o Espírito Santo: Jesus Cristo.
Entretanto, vemos nas igrejas a introdução de métodos, sistemas, estruturas e principalmente conceitos baseados em idéias, filosofias e condutas do meio secular, cultural e filosófico, que sabemos, é a essência daquilo que se encontra nas mentes humanas, não sendo portanto métodos espirituais.
Mais uma vez a Bíblia nos avisa em Romanos 12:2:
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
As igrejas de Jesus Cristo devem fazer baixar toda essa poeira contaminante de nosso século e passar a fazer com que Cristo seja o centro de todas as atenções.
Nada do que fizermos em nossas igrejas deverá tomar o lugar central da nossa mensagem, que é Cristo ressurreto.
Ninguém nesse contexto deverá ser o foco da atração central, ou brilhar minimamente, tomando o lugar que pertence ao Rei dos reis.
Estranhamente vemos um desejo arraigado, de auto-promoção, destaque, reconhecimento, fazendo que não seja suficiente ser apenas servo, mas sim ter o título de servo, aguardando as promoções para outros títulos.
O show tem que parar, para que a mensagem de Cristo se manifeste, para que as luzes focalizem a obra redentora da cruz de Cristo.
Cristo é o centro, o cabeça, o motivo, a primazia, o autor, o verbo, o criador.
Temos que voltar às bases, pregando o evangelho de salvação, santificação e da volta de Jesus, pois queremos ser, com todo nosso coração, uma igreja relevante.
05.SET.2018