As igrejas evangélicas brasileiras atualmente, de modo geral, revelam um grande desejo de se mostrar como igreja contemporânea, contextualizada, relevante e culturalmente importante.
Esse desejo não é em si mesmo prejudicial, mas há que se cuidar para que, ao caminhar nessa direção, não haja uma inversão no caminho.
Entretanto a constatação nada animadora é de que o mundo está cada vez mais contemporâneo, contextualizado e atuante dentro das nossas igrejas.
A sensação é de que as pessoas estão confusas, pois as igrejas não se diferenciam mais do mundo que as cerca.
Lá dentro acontece muita coisa que também acontece fora dela, tornando-a, na verdade, mais e mais parecida com aquilo de que ela deveria se afastar, daquilo que não deveria ser nem o foco, nem o propósito da igreja.
Perguntas devem ser feitas ao final de cada uma dessas atividades “contemporâneas” dessas igrejas:
Houve um chamado ao arrependimento, chamado a confessar os pecados e se afastar deles?
Existiu um chamado a se viver uma vida com um novo padrão?
Foi emitido um alerta a se viver esperando o retorno daquele que é o cabeça da igreja?
Uma frase corrente nas redes sociais, diz mais ou menos assim: “Sempre que usarmos métodos humanos em nossas igrejas, os resultados também serão humanos”.
Isso já foi inclusive afirmado com todas as letras na Bíblia:
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna.” Gálatas 6:7-8 ARC
Vemos dentro de nossas igrejas a introdução de métodos, sistemas, estruturas e principalmente conceitos baseados em idéias, filosofias e condutas encontradas no meio secular, que sabemos, são a essência e o resultado daquilo que se encontra nas mentes humanas.
Mais uma vez a Bíblia nos avisa:
“E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Romanos 12:2 ARC
Nossas igrejas devem fazer baixar toda essa poeira contaminante de nosso século e passar a fazer com que Cristo seja o centro de todas as atenções.
Nada do que fizermos em nossas igrejas deverá tomar o lugar central da nossa mensagem, que é Cristo ressurreto.
Ninguém nesse contexto deverá ser o foco da atração central, ou brilhar minimamente, tomando o lugar que pertence ao Rei dos reis.
Nós fomos chamados para sermos servos.
“Porém o maior dentre vós será vosso servo.” Mateus 23:11 ARC
Estranhamente, porém, vemos desejos, que, em última análise, estão arraigados em todo ser humano, de auto-promoção, destaque, reconhecimento.
Não é suficiente ser diácono, pastor, bispo, apóstolo, patriarca e sabe-se lá o que mais, pois muitos querem mais e mais destaque.
A ênfase tem sido colocada sobre o mensageiro e não sobre a mensagem.
A mensagem tem sido o veículo de promoção do ministrante.
O show tem que parar, para que a mensagem de Cristo se manifeste, para que as luzes focalizem a obra redentora da cruz de Cristo.
Cristo é o centro, o cabeça, o motivo, a primazia, o autor, o verbo, o criador.
Temos que voltar às bases, pregando o evangelho de salvação, santificação e volta de Jesus.
Assim fazendo, todos os dias teremos em nós e em nossas igrejas a presença do Cristo ressurreto.
Teremos a nítida sensação de que Jesus voltou a cada dia de nossa vida.
As coisas voltarão a valer a pena.
A Igreja voltará a sentir que está plena, cheia, realizada e frutífera.
Que Deus nos faça retomar o caminho que não está nem à direita, nem à esquerda, mas em direção ao alvo que é Cristo Jesus.
Como a Bíblia nos ensina:
“…prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.” Filipenses 3:14 ARC
Deus abençoe grandemente sua vida.