Qual o caminho que nós os evangélicos estamos tomando em nossas vidas, notadamente nas reuniões e cultos de celebração?
Nos períodos de louvor e adoração mais e mais vemos expressões do tipo: eu quero (te abraçar, te sentir, te beijar, etc…), eu posso, eu tenho, eu sou, eu vou.
As luzes são apagadas para ninguém se constranger com a presença das outras pessoas e assim poder se expressar individualmente.
As canções dizem que você vai vencer, vai crescer, vai progredir, vai prosperar, vai encontrar, etc.
Falam também sobre o local: aqui EU te encontro, EU te sinto, vem sobre MIM, ME faz alcançar.
São inúmeras expressões usando os pronomes “eu, me, mim, comigo”.
Assim estão compondo e cantando as canções hoje em dia.
Não quero, em nenhum momento, me colocar na posição de crítico de quem quer que seja, mas vejo que coisas “pequenas” podem levar a grandes desvios.
Sem ter a pretensão de esgotar o assunto creio que é cabível pensarmos um pouco em nossas atitudes como adoradores e seguidores de Jesus.
Uma reunião de celebração não deveria também ser uma conjugação de esforços e pensamentos em direção a alguma coisa ou alguém mais importante?
O que viemos celebrar?
Tenha a curiosidade de contar nas canções quantas vezes pronunciamos os pronomes que citei acima e quantas vezes foi mencionado o nome de Jesus.
Os profetas do Velho Testamento gastaram e desgastaram suas vidas, escreveram milhares de palavras, em vários livros, tendo em vista, como alvo futuro, que eles nem sequer viram, sempre a pessoa de Jesus e agora o citamos eventualmente, sendo que em algumas canções o nome dele nem é mencionado, alguns diriam “estrategicamente”.
Afinal, estamos reunidos em torno de quê?
Olhamos para a pessoa ao lado e dizemos a ela várias coisas, afinal a interação com as pessoas é importante, assim é que a igreja funciona.
Não seria então o caso de acendermos as luzes para que em vez de ficarmos constrangidos, disséssemos uns aos outros a razão de nossa fé?
Como está escrito:
“que pregue a palavra, insista, quer seja oportuno, quer não, corrija, repreenda, exorte com toda a paciência e doutrina.” 2Timóteo 4:2
Não podemos perder tempo!
Ao usarmos “eu”, deveria ser “eu era perdido pecador e fui perdoado”, “eu me arrependo”, “me perdoe”, “eu não mereço nada, mas tenho a graça”, “eu não vivo mais para mim e para minhas coisas”, “eu vou falar da cruz de Cristo para as pessoas”.
Nossa adoração deveria ter 2 fases:
1) Individual em nosso particular diário, quando diríamos “eu te adoro Jesus”, “eu preciso de Ti Jesus”, “eu entrego minha vida a Ti”, “eu te agradeço pelo Teu sacrifício em meu lugar na cruz”
2) Em conjunto com as pessoas, na reunião de celebração, olhando para elas e sendo visto por elas, usaríamos o pronome “nós”, “nós Te adoramos”, “nós Te exaltamos”, “nós Te agradecemos por Tua salvação”.
Nesse momento, na reunião de celebração, o individual não é importante, mas sim o corpo bem ajustado:
“…no qual todo o edifício, bem-ajustado, cresce para templo santo no Senhor…” Efésios 2:21
Pense nessas coisas, precisamos reverter esse “evangelho” centrado no homem e transformar nossas reuniões e cultos de celebração em exaltação central e exclusiva a Jesus o autor e consumador da nossa fé, nosso grande Salvador.